Casos de Febre do Oropouche São Confirmados no Vale do Ribeira: Estado de São Paulo Intensifica Ações de Vigilância
Notícia publicada em: 9 de agosto de 2024
A febre do Oropouche, uma arbovirose transmitida pelo mosquito maruim, foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostras de sangue de um bicho-preguiça.
Desde então, a doença tem se manifestado principalmente na região Norte do país. No ciclo silvestre, além do mosquito, aves e roedores também podem ser hospedeiros do vírus.
Recentemente, cinco casos da febre do Oropouche foram confirmados no estado de São Paulo, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Esses casos ocorreram na região do Vale do Ribeira, com quatro em Cajati e um em Pariquera-Açu, todos considerados autóctones, ou seja, contraídos no próprio local onde os pacientes residem.
Como parte das ações de vigilância, o Instituto Adolf Lutz (IAL) e o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Registro irão intensificar a pesquisa dos testes laboratoriais para febre do Oropouche. Amostras suspeitas e/ou negativas para outras arboviroses urbanas, coletadas até 14 dias após o início dos sintomas, serão analisadas. Nas regiões de Itapeva, Sorocaba e Santos, a busca ativa será ampliada em Unidades Sentinelas. O Instituto Adolfo Lutz também está adquirindo insumos para o diagnóstico molecular do vírus Oropouche em todas as 71 Unidades Sentinelas do estado.
A febre do Oropouche apresenta sintomas como febre súbita, dores de cabeça intensas, dores nas articulações, náusea e diarreia. Tontura, dor atrás dos olhos e calafrios também podem ocorrer. O período de incubação da doença varia entre 3 a 10 dias após a picada do mosquito infectado.
Atualmente, não há um tratamento específico para a febre do Oropouche. O alívio dos sintomas é a única medida disponível, tornando o diagnóstico precoce e o manejo clínico essencial para o paciente.
Para prevenir a doença, é recomendado evitar áreas com alta incidência de casos e minimizar a exposição às picadas de mosquitos, usando repelentes e roupas que cubram o corpo. A limpeza de terrenos e locais de criação de animais, além do uso de telas de proteção em portas e janelas, são medidas eficazes para evitar a proliferação dos vetores.
As 71 Unidades Sentinelas do estado de São Paulo desempenham um papel crucial na vigilância da febre do Oropouche, coletando amostras semanalmente para monitorar a circulação das arboviroses no território.
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